Nesta semana, os amantes da astronomia têm um espetáculo celestial para acompanhar: uma “superlua cheia” iluminará o céu até a madrugada de quarta-feira, 21 de agosto. O satélite natural da Terra alcançará seu ápice de luminosidade a partir das 15h26, horário de Brasília, porém só será visível a olho nu após o pôr do sol.
O termo “superlua” tem sido mencionado em diversos meios de comunicação, mas é importante esclarecer que, para ser considerada uma “superlua”, a Lua deve estar no perigeu, o ponto mais próximo de sua órbita em relação à Terra, coincidindo com a fase cheia. Segundo o diretor do clube de astronomia Centauri, o professor Rodrigo Raffa, embora a Lua em agosto esteja um pouco maior que o habitual, não alcançará o status de “superlua” plena.
Além da Lua cheia, agosto reserva outras observações astronômicas impressionantes. Destaca-se a máxima atividade da chuva de meteoros Perseidas, visível na constelação de Perseus no hemisfério norte celeste. Sob condições ideais, espera-se a observação de até 60 meteoros por hora, provenientes dos detritos deixados pelo Cometa Swift-Tuttle, descoberto em 1862.
“Outro termo que causa confusão é a ‘Lua Azul’, que na verdade não se refere à coloração do nosso satélite natural, mas sim à ocorrência de duas luas cheias no mesmo mês. Isso não acontecerá em agosto de 2024, sendo previsto apenas para maio de 2026”, esclarece Raffa.
Para os entusiastas que possuem telescópios, um fenômeno particularmente fascinante será a ocultação de Saturno pela Lua em 20 de agosto. Este evento será visível na direção leste, na constelação de Aquário, especialmente para observadores nas regiões Norte, parte do Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. A ocultação completa de Saturno será um momento memorável para quem aprecia a beleza do sistema solar.
Outros eventos astronômicos aguardam os observadores no final de agosto, como a conjunção entre Lua, Marte e Júpiter em 28 de agosto, formando um belo trio celeste na constelação de Touro, visível após as 03h da madrugada, na direção leste.
