A Operação Grãos da Terra avança em sua terceira fase, revelando mais detalhes sobre um esquema milionário de fraude envolvendo o agronegócio. As investigações, iniciadas após a prisão preventiva de um empresário do setor no dia 12 de julho de 2024, apontam que o golpe, inicialmente estimado em R$ 70 milhões, já ultrapassa a marca de R$ 100 milhões, prejudicando inúmeros produtores e diversas instituições.
Na manhã de hoje, a polícia deflagrou a terceira fase da operação, focada em apurar crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e delitos contra a ordem econômica. As autoridades conseguiram estabelecer indícios da existência de um núcleo financeiro do grupo criminoso, composto por quatro empresas ligadas à securitização e ao comércio de cereais. Essas empresas seriam as responsáveis por movimentar e dissimular os ativos financeiros obtidos de forma fraudulenta pelos empresários envolvidos.
A operação contou com a participação de 56 policiais civis de diversas regiões, incluindo a Seccional e DIG de Itapetininga, Seccional de Itapeva, Seccional de Avaré, além do DEIC/GOE de Sorocaba e do GAECO – Ministério Público. Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, divididos entre cinco residências e cinco empresas.
Durante as buscas, as autoridades apreenderam diversos dispositivos eletrônicos, passaportes, documentos importantes e uma quantia de dinheiro. Esses materiais agora serão analisados para aprofundar as investigações e identificar outros possíveis envolvidos no esquema.