No último sábado, 14 de setembro, Itapetininga recebeu mais uma edição da Feira das Magnólias, evento que reúne brechós locais em prol da moda sustentável e da economia criativa. Realizada na Rua Coronel Fernando Prestes, no centro de Itapetininga feira contou com a participação de diversos expositores e atraiu um público que compartilha do propósito de incentivar o consumo consciente.
A feira, que surgiu em 2023, foi idealizada por Naiana Branchini, proprietária de um dos brechós participantes. “Depois de participar de alguns encontros na casa colaborativa Cazulo, comecei a fazer contato com outras donas de brechós, para formarmos um grupo de ‘brechozeiras’. Assim começou a trajetória da feira, até se tornar a Feira das Magnólias”, contou Branchini.
Com um foco claro na sustentabilidade, o evento visa transformar a percepção sobre o uso de roupas de segunda mão, além de fortalecer o empreendedorismo feminino. “O objetivo é fortalecer a cultura do consumo de roupas de segunda mão como algo legal, e não pejorativo. Também queremos apoiar mulheres que empreendem nesse ramo”, acrescentou Naiana.
Atualmente, a organização da feira é composta por Branchini, que cuida da produção e organização e Beatriz Maia, responsável pelas redes sociais. A feira também conta com a colaboração de parceiras, como Grazi Oliveira, que cedeu o local para a última edição. “Já tivemos a casa Ierê e o Cazulo como parceiros para sediar o evento”, destacou.
Além das roupas e acessórios de segunda mão, a Feira das Magnólias abre espaço para produtos que se alinhem ao conceito de economia criativa e sustentável, como biojóias, artesanatos e sebos. Na edição deste mês, participaram entre 8 a 12 brechós, selecionados via inscrição no Instagram oficial da feira.
A iniciativa tem gerado resultados positivos. “A feira movimenta mulheres microempreendedoras, muitas delas mães, que enfrentam o desafio de conciliar trabalho e vida pessoal. Além disso, traz ao público um novo olhar sobre o consumo, incentivando uma moda mais sustentável”, afirmou Branchini. Ela também mencionou os desafios que a organização enfrenta, como a busca por patrocinadores para expandir o projeto e torná-lo ainda mais acessível.
O evento acontece quatro vezes por ano e já conquistou um público fiel, composto por “brecholovers”, entusiastas de garimpo e pessoas interessadas em consumir de forma mais consciente. “Os feedbacks são sempre muito positivos, com elogios como ‘foi lindo’, ‘espaço especial’, ‘adorei’. E quando alguém perde uma edição, já perguntam ‘quando será a próxima?’”, compartilhou a organizadora.