Na tarde de domingo, um nascimento inusitado ocorreu na rodovia de Itapetininga, próximo ao distrito do Tatetu. A pequena Cecília veio ao mundo de forma inesperada, dentro de um carro, com a ajuda do pai, o engenheiro Lucas Rodrigues, e o socorro rápido da equipe da CCR SP Vias.
Rodrigues contou que ele e sua esposa estavam a caminho do hospital quando as dores do parto começaram a intensificar. “Minha esposa começou a sentir muita dor próximo ao Tatetu. Eu comecei a ficar muito nervoso. Estávamos só nós dois no carro, então segui em frente”, relata o engenheiro.
Sem qualquer preparo para uma situação como essa, Rodrigues tomou a decisão de parar no posto de apoio mais próximo. “A minha reação foi chegar a um lugar de atendimento mais próximo. Parei na CCR SP Vias, do outro lado da pista. Desci do carro imediatamente, peguei duas toalhas e começamos o processo do parto”, conta.
O momento foi de tensão, mas também de fé. O engenheiro lembra que segurou as mãos da esposa e pediu a Deus que tudo desse certo. “Tiramos a criança, ela segurou e eu corri chamar ajuda”, diz ele, ainda emocionado.
A dificuldade de não conseguirem chegar ao hospital a tempo e o medo de que algo acontecesse com a mãe ou o bebê tornaram a situação ainda mais dramática. “Estávamos sozinhos. Tive medo de acontecer alguma coisa com ela ou com a bebê. Mas Deus guardou todos nós”, desabafa Rodrigues.
Apesar da adrenalina, o sentimento foi uma mistura de alegria e emoção. “Chorei muito e fiquei muito nervoso. Tínhamos planejado outra coisa, nunca imaginávamos isso”, diz ele, relembrando o momento especial. Quando Cecília nasceu, o engenheiro a colocou nos braços da mãe e correu em busca de ajuda, recebendo o apoio de seu irmão que estava por perto, em Sarapuí.
Toda a família ficou em choque, mas aliviada e feliz com o desfecho. “Meu sogro disse que essa menina vai gostar de viajar ou ser caminhoneira, tudo porque nasceu na pista”, comenta Rodrigues, rindo da situação.
Mãe e bebê foram encaminhadas para o hospital de Itapetininga, onde receberam atendimento, e, segundo o engenheiro, tanto a equipe da CCR SP Vias quanto os profissionais do hospital foram exemplares. “Excelentes profissionais, nota 10”, elogia o engenheiro.
Agora, Lucas reflete sobre a experiência e o quanto ela o impactou. “Eu senti muito medo, muito mesmo. Mas o instinto de pai, amigo, companheiro falou mais alto. Parei o carro, raciocinei, analisei a situação e fiz o que tinha que ser feito”, diz ele, grato pelo desfecho positivo.
Cecília é o segundo filho do casal, que já tem um menino chamado Thomáz. Para Rodrigues, a experiência reforçou ainda mais o valor da família. “Vou curtir a minha família ainda mais, intensamente. Vamos guardar isso pro resto de nossas vidas. E quando ela crescer, vou levar ela até o local e contar que ela é um milagre de Deus”, conclui.