O produtor cultural Lucas Diniz, nome reconhecido no cenário cultural de Itapetininga, foi selecionado como Agente Territorial de Cultura no Programa Nacional dos Comitês de Cultura (PNCC), uma iniciativa do Ministério da Cultura. Em um processo seletivo acirrado, que durou seis meses e contou com mais de cinco mil inscrições, apenas 64 agentes foram escolhidos no estado de São Paulo, destacando a relevância da conquista de Diniz para a cidade e região.
O PNCC visa fortalecer a implementação da Política Nacional de Cultura, promovendo acesso cultural igualitário e incentivando ações artísticas em nível regional. Os agentes territoriais, bolsistas do projeto, assumem o papel de articuladores locais, atuando como uma ponte entre as diretrizes nacionais e as demandas culturais de suas comunidades. Com vasta experiência na área e responsável pela Pererê Editora, Diniz traz em sua trajetória mais de 500 ações culturais e 54 projetos contemplados por editais estaduais e federais, totalizando R$ 1,23 milhão em investimentos para a cultura.
O produtor cultural compartilhou a emoção ao saber de sua seleção. “Considero que essa seleção é um reconhecimento do trabalho que venho realizando há 15 anos, representando nossa cidade em diversos estados e até internacionalmente. Acredito que posso contribuir para a construção de um sistema cultural que atenda as necessidades dos produtores culturais do interior e amplie suas perspectivas para o futuro,” disse ele.
Como Agente Territorial, Diniz será responsável pela implementação de ações culturais alinhadas à Política Nacional de Cultura, incluindo oficinas e capacitações para artistas locais. Entre as iniciativas planejadas, ele mencionou a promoção de cursos sobre leis de incentivo, buscando aproximar o empresariado local dos produtores culturais. Para Diniz, este é um passo importante para consolidar o mecenato na cidade e fortalecer a produção cultural da região.
Diniz também destacou as dificuldades enfrentadas pelo setor cultural em uma cidade do interior como Itapetininga, onde os recursos são limitados e o acesso à cultura é restrito. Segundo ele, há uma carência de infraestrutura, como museus e teatros, que limita a disseminação cultural. “Apesar de sermos de um estado rico, em termos de acesso à cultura somos tão isolados quanto algumas regiões do Norte do país,” ressaltou.
Questionado sobre a importância da cultura na sociedade, Diniz foi enfático: “A cultura é o que nos distingue como seres humanos. A forma como vivemos, nos relacionamos e pensamos o futuro é fruto dela. Uma sociedade mais justa e igualitária depende da cultura que construímos hoje,” afirmou, revelando seu compromisso com a promoção de uma cultura inclusiva e acessível.
Para o próximo ano, o produtor cultural planeja estreitar o diálogo com a comunidade e os artistas locais. Ele acredita que suas novas funções como Agente Territorial de Cultura permitirão sistematizar o trabalho que já realiza, agora com apoio federal e maior visibilidade. A expectativa é que sua atuação impacte diretamente na valorização da cultura local, promovendo a arte e o reconhecimento dos talentos de Itapetininga e região, e contribuindo para que a cultura regional tenha mais espaço no cenário estadual e nacional.