Por: Aldiéres Silva
Estimado leitores. Gostaria de compartilhar com vocês a experiência de ajudar desconhecidos. Auxilia-los sempre doando um tempo para uma troca pedagógica, ou seja, ensinar e aprender simultaneamente de forma sistemática sobre as nuances da vida e seus propósitos.
Resido em Itapetininga desde Outubro de 2015. Sou nascido e criado em São Paulo – SP. Por lá a vida é sempre corrida e com isso nossos olhos e mentes facilmente são despidas de um idealismo social, afinal o cotidiano local nos escancara desigualdades como também meios alternativos que buscam a prosperidade.
Com essas lacunas é importante um auxílio. Mas muitos estão dispostos em ceder seu tempo para auxiliar um desconhecido sem ter algum retorno financeiro? Certamente não! porém há os que trocam um ritmo alucinado em busca de riquezas por um trabalho mais humanizado em prol de pessoas. Não sejamos hipócritas, remunerações são importantes porém não de forma avassaladora como dita o próprio mercado em si.
Em 2005 participei de uma ONG que recebe doações a nível nacional e internacional. Lá pude aprender idiomas e ver muitas realidades serem mudadas. Voluntários europeus, asiáticos, africanos e oriundos da América do Norte deixaram seus respectivos legados dando aulas, ensinando suas culturas e desenvolvendo atividades voltadas ao cultivo de alimentos. Sem dúvidas os ensinamos muitas coisas boas também. Houve uma rica reciprocidade nesse processo multi cultural.
O voluntariado requer carinho, tempo, doação… Em 2001 também na mesma região (Extremo Sul da cidade de São Paulo) foram através de voluntários que tive interesse nas comunicações, artes e práticas esportivas. Sou muito grato a todos que estiveram em minha vida nesses períodos. Sejam eles brasileiros ou estrangeiros.
Com minha vinda para Itapetininga, aos pouco vim conhecendo a cidade e seus desafios e vocações. Foi durante a crise sanitária global que me despertou para um chamado nobre… O chamado para ajudar voluntariamente projetos e instituições. Dar publicidade a essas ações é um caminho ambíguo. Auto promoção torna-se uma publicidade reversa com danos significativos nas intenções de ajuda. Sempre precisamos ter em mente a possibilidade de fazer alguém feliz sem marketing porém com verdade.
Na cidade há muitas instituições que aguardam voluntários. Esse processo é inspirador. Seja religioso, social ou educacional, ser um voluntário nos trás riquezas e vivências que nenhum dinheiro pode comprar ou nos tirar. Já pensou em ser lembrado por alguém por ter feito parte da sua vida somando com algo?
Fica aqui meu registro. Vamos todos refletir sobre como podemos ajudar alguém, seja através do voluntariado ou outros métodos e/ou meios que estejam interligados. A paz mundial é possível quando nos conectamos dentro de si e determinamos vitórias, não se esquecendo que em toda causa há um efeito. A simultaneidade entre causa e efeito é magnífica.