Por: Fabio Campos
Neste último dia 15 de outubro, Dia do Professor, aos “44 minutos do segundo tempo”, o governo do Estado de São Paulo (devido provavelmente a inúmeras reclamações que são mais que justas) resolveu, enfim, decretar feriado para a nossa aula. O Secretário de Educação, Ricardo Feder, queria que fosse um dia normal de trabalho, o que é um total absurdo e anticonstitucional, pois já está previsto em lei desde 1963 em todo o país.
E, para comemorar e “auto me apresentar”, fui assistir a um dos melhores shows internacionais que já presenciei e que há anos queria ver: o do gênio e lenda viva absoluta do rock and roll, o eterno Beatles Paul McCartney, no belíssimo e Moderno estádio Allianz Parque (antigo Palestra Itália) em Sampa.
Fui junto com meu amigo e xará, Fábio Oliveira (saxofonista musical aqui em Itapetininga/SP), este sim um fanzasso inveterado de Paul, sabe tudo sobre McCartney e os Beatles, e já foi a 9 apresentações da lenda. Como já era previsto, o estádio foi lotadíssimo, com uma média de 33 mil pessoas presentes no Allianz, de todas as idades e de diversos estados do Brasil.
Aos 82 anos de idade, Paul esbanjou vitalidade, vigor físico (mais que muitos vocalistas de boy bands com 18, 19 e 20 anos), alto astral, uma simpatia e humildade emocionantes de se ver.
Ainda mais emocionante que suas atitudes são o esplendoroso e arrebatador no palco, com uma banda de 8 membros exclusivos. O multi-instrumentista, letrista e vocalista Sir Paul subiu ao palco por volta das 20h30 e deu início à apresentação com “Hard Days Night”, dos Beatles, para mostrar aos fãs que veio. Seu público, como sempre, é uma mistura quase perfeita entre adoradores veteranos, que cresceram curtindo as baladas dos Beatles, e jovens admiradores que amam tanto a sua carreira solo quanto os sucessos que o quarteto de Liverpool colecionou em seus pouco mais de oito anos juntos .
É como se o espírito e a vibração de John Lennon (brutalmente assassinado aos 40 anos, em 1980) e George Harrison (falecido aos 58 anos, de câncer, em 2021) assentando a todo momento com Paul. Só faltou Ringo, que está vivo e forte, pois os Beatles não morrem e nunca morrerão. BEATLES PARA SEMPRE!
Foi a primeira vez que assisti a um show do MITO Paul McCartney e quero ir novamente quando ele retornar ao Brasil. O próprio nos prometeu isso in loco e ele sempre cumpre suas promessas.
A minha sensação é de que a vibração do seu corpo evolui a cada nota, a cada música. Mesmo aqueles que não são familiarizados com sua carreira solo ou com o trabalho com os Beatles se veem cantando e dançando as baladas mais animadas. É uma evolução arrepiante que culmina no êxtase mais profunda quando o astro faz o público praticamente levitar com a trinca mais aguardada da noite: “Let It Be”, “Live and Let Die” e “Hey Jude”.
Num setlist robusto de 34 músicas, o público vai do delírio à pura emoção, pois no palco é um Beatle que, junto com John Lennon, Ringo Starr e George Harrison, mudaram e revolucionaram toda a cultura e comportamento do mundo todo. Pode-se dizer com tranquilidade que a história se divide em AB e DB (Antes dos Beatles e Depois dos Beatles).