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Conflitos globais: uma análise da situação no Oriente Médio, Ucrânia e outras regiões

Por: Lais Gomes 

Os conflitos armados e políticas tencionais ao redor do mundo, especialmente no Oriente Médio e na Ucrânia, representam um grande desafio para a estabilidade global. Cada um desses conflitos tem origens complexas e avançadas ainda incertas, mas todos os envolvidos debatem profundamente sobre a segurança, a economia, e a vida de milhões de pessoas, sem mencionar as repercussões políticas que se estendem para além das fronteiras de sua região.

Começamos pelo Oriente Médio, uma região há muito marcada por rivalidades históricas, disputas territoriais, e confrontos étnicos e religiosos. Recentemente, as atenções voltaram para a tensão entre Israel e os territórios palestinos, incluindo o aumento das hostilidades em Gaza e na Cisjordânia, onde milhares de civis enfrentam diariamente a destruição de infraestruturas básicas e a mudança introduzida. Essa escalada violenta também se estende a países vizinhos, como o Líbano e a Síria, que acabam impactados pelo aumento de refugiados e pela pressão de alianças políticas e militares na região.

As alianças internacionais desempenham um papel fundamental nesses conflitos, já que interesses estrangeiros muitas vezes moldam a forma e a intensidade das disputas. A influência dos Estados Unidos e dos países europeus, que muitas vezes se aliam a Israel, se contrapõe ao apoio fornecido por nações como o Irã e a Rússia a grupos ou governos que se opõem a Israel e aos interesses ocidentais na região. Essa complexa rede de alianças e rivalidades amplia o esforço e dificulta a resolução dos conflitos, ao mesmo tempo que torna a paz uma tarefa quase impossível de se alcançar. Além disso, os efeitos desse cenário assustador se manifestam em questões energéticas, como o preço do petróleo, influenciando a economia global.

Na Ucrânia, o conflito com a Rússia, que já se arrasta há quase uma década, tornou-se uma guerra aberta após a invasão russa em fevereiro de 2022. A ocupação de territórios estratégicos no leste da Ucrânia e a anexação da Crimeia em 2014 foram os primeiros sinais de uma longa disputa que se desenrolaria em escalas antes inimagináveis ​​para a Europa pós-Guerra Fria. O apoio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) à Ucrânia, com recursos suficientes de armamentos e ajuda humanitária, fortaleceu a resistência ucraniana.

A Rússia, por sua vez, enfrenta um cenário interno. Além do desgaste econômico devido às avaliações impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia, que afetam principalmente setores como a energia e o financeiro, a Rússia precisa lidar com o descontentamento popular e o crescente isolamento diplomático. Isso torna o conflito uma questão de política de sobrevivência para o governo russo, que procura evitar um retrocesso que possa ser interpretado como derrota.

No entanto, a guerra na Ucrânia também impacta países de forma indireta, uma vez que compromete o fornecimento de grãos e combustíveis para diversos lugares do mundo. Essa escassez de suprimentos essenciais contribui para o aumento dos preços globais de alimentos e energia, intensificando a insegurança alimentar, especialmente em regiões da África e do Oriente Médio, já fragilizadas por conflitos locais e crises econômicas. Esse é um lembrete de como os conflitos armados podem gerar efeitos em cascata, atingindo até mesmo os países que não estão diretamente envolvidos.

Embora o Oriente Médio e a Ucrânia concentrem os olhares do mundo, não podemos ignorar outras regiões onde conflitos de menor escala também causam impactos significativos. Na África, por exemplo, países como Sudão, República Democrática do Congo e Mali enfrentam conflitos internos e disputas étnicas que ameaçam a estabilidade regional. Embora a visibilidade desses conflitos seja menor, suas consequências são devastadoras, com milhares de mortos e milhões de refugiados. Além disso, a presença de grupos extremistas e milícias armadas alimenta um ciclo de violência que dificulta o progresso econômico e social.

A crise humanitária gerada por esses conflitos globais é imensurável. Em 2023, estima-se que mais de 100 milhões de pessoas estejam deslocadas ao redor do mundo, seja por conflitos, seja por perseguição política ou catástrofes naturais, que muitas vezes exacerbaram as tensões locais. Esse é o maior número de deslocamentos já registrado na história moderna, evidenciando a urgência de soluções diplomáticas eficazes e de iniciativas humanitárias capazes de aliviar o sofrimento.

A perspectiva de uma resolução pacífica e estável para esses conflitos ainda é incerta. A diplomacia global enfrenta desafios enormes, com um mundo cada vez mais polarizado e potências que competem para expandir suas zonas de influência. A ONU, criada após a Segunda Guerra Mundial com o propósito de garantir a paz, é frequentemente criticada pela sua ineficácia em intervir com firmeza em situações de crise, especialmente em casos onde há interesses de seu favor.

O caminho para a paz em qualquer região em conflito requer uma abordagem multifacetada, que compreenda os elementos históricos, étnicos, econômicos e geopolíticos que moldam cada situação. A paz não veio de esforços isolados ou de soluções rápidas, mas, sim, de um compromisso coletivo e de uma vontade política global que, no momento, ainda parece estar fora de alcance. Nos resta, como cidadãos globais, esperar que os líderes mundiais compreendam o custo humano das guerras e trabalhem incansavelmente para que, um dia, possamos viver em um mundo mais seguro e justo.

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