Na última semana, o grupo de rap Og Cria , de Itapetininga, lançou um documentário que retrata sua trajetória e a luta por reconhecimento na cena do hip hop. A produção, que já está disponível no YouTube, e pretende inspirar jovens artistas a perseguirem seus sonhos sem depender de apoio financeiro ou externo.
Samantha de Freitas, mais conhecida como Samyog , é fotógrafa, produtora e figurinista do grupo conta como surgiu a ideia de criar o documentário: “Sempre fomos um grupo de rap independente. O que motivou a produção foi a vontade de crescer e motivar outros jovens que têm o mesmo sonho a correr sem depender de ninguém. Queremos mostrar que é possível transformar um sonho em realidade com suas mãos.”
A produção do documentário não foi isenta de desafios. Segundo Freitas, “o maior desafio foi a disponibilidade de tempo”. No entanto, houve momentos que marcaram a equipe, como o relato dos membros sobre como se conheceram, reforçando laços de amizade que transcendem a música: “Além de amigos, somos uma família.”
A evolução do Og Cria é evidente, conforme destaca artista. “A evolução do grupo se deu graças à adição de novos membros. O canal ficou parado durante três anos, mas voltamos com o pé na porta este ano.” O documentário captura essas diversas fases, mostrando como cada experiência moldou o grupo ao longo do tempo.
Ao assistir ao documentário, o grupo espera que o público se identifique com as histórias de cada membro, encontrando inspiração para seguir seus próprios sonhos. “Queremos que cada um que ajude se sinta motivado a correr atrás do que deseja, assim como fizemos”, afirma Freitas.
O hip hop em Itapetininga ainda enfrenta preconceitos, e o grupo se empenha em mudar essa percepção. “A cultura do hip hop é muito marginalizada. Nós, do grupo, não temos muito apoio externo, mas estamos tentando mudar a forma das pessoas pensarem sobre o hip hop e a cultura de rua. É uma cultura rica em poesia e literatura.”
A artista acredita que o documentário pode abrir portas para o grupo e para a cena hip hop na cidade. “Com nosso documentário, esperamos conseguir mais reconhecimento e alcançar um público maior.” A recepção do público foi surpreendente, com muitos se sentindo representados ao ver jovens lutando por um sonho semelhante ao deles.
A mensagem central que o grupo deseja transmitir é clara: “Se você tem um sonho, tem que correr atrás dele com suas próprias pernas, sendo humilde sempre e nunca pensando em pisar em alguém. Nunca desista do que você quer, pois você é o dono dos seus próprios sonhos”, finaliza Freitas.