Por: Flavinho Abreu
Chega o fim de ano e, como um roteiro já conhecido, as pessoas mergulham de cabeça nas comidas das festas. Panetones, rabanadas, tortas, churrascos. É como se dezembro fosse um festival de excessos que, logo em janeiro, se transforma em uma corrida contra o prejuízo. Academias lotam, dietas milagrosas surgem, e a promessa de “ano novo, vida nova” reina absoluta. Mas, na maioria dos casos, essa empolgação dura tanto quanto o champanhe do réveillon: logo se frustra e abandona tudo.
Agora, vamos falar sério, o problema não é o que você comeu no Natal ou no Ano Novo. São apenas duas semanas no ano. O problema é o que você comeu nos outros 350 dias. É o fast food que virou rotina, o refrigerante que acompanha todas as refeições, os dias que você passou no sofá adiando aquela caminhada ou pedalada que nunca aconteceu.
As festas de fim de ano se tornam a desculpa perfeita. “Ah, engordei por causa do Natal.” Será mesmo? Ou será que o Natal só foi a gota d’água de um copo que você mesmo encheu o ano inteiro?
Colocar a culpa nas festas é fácil, mas encarar a verdade é outra história. Cuidar do corpo e da saúde não é sobre o que você faz em duas semanas, mas sobre o que você faz todos os dias. É entender que saúde não é uma corrida de recuperação, mas uma maratona de consistência.
E aqui vai o alerta: enquanto você seguir adiando a mudança, criando desculpas e esperando o “momento certo”, estará apenas prolongando o ciclo. A saúde não espera. E se você não tomar as rédeas agora, as consequências vão chegar — e não será o Natal que vai te salvar.
Então, em vez de correr atrás do prejuízo em janeiro, que tal começar agora? Não para caber em uma roupa ou agradar os outros, mas para dar ao seu corpo e à sua mente o cuidado que eles merecem. Porque a saúde não é só sobre perder peso: é sobre ganhar vida.