O Projeto EcoAnimais, em Itapetininga uni a conscientização ambiental e a causa animal. Desde 2011, a presidente do projeto Cindy Maya conta que se envolveu em resgates e apoio a animais em situação de rua, mas foi em 2022 que o projeto tomou uma nova dimensão, ao incorporar a reciclagem como forma de financiamento de suas ações. Atualmente, com mais de 20 pontos de coleta espalhados pela cidade, o projeto busca envolver a população e conscientizar sobre a importância da separação dos resíduos recicláveis.
“Desde 2011 me interessei pela causa animal. Fiz alguns resgates e ajudei outros protetores. Sempre vi de perto a dificuldade financeira e, para não ficar sempre pedindo ajuda, vi na venda de recicláveis uma maneira de auxiliar financeiramente”, conta Maia, presidente do projeto. Ela explica que o EcoAnimais começou nas redes sociais, e aos poucos ganhou adesão, principalmente com a colaboração de casas de ração, onde os primeiros pontos de coleta foram instalados.
A iniciativa vai além da coleta de recicláveis: palestras em escolas têm sido uma forma eficaz de educar e engajar crianças na proteção animal e ambiental. “Hoje, onde o projeto é apresentado, vemos uma grande diferença. As crianças levam a conscientização para casa, e isso acaba fazendo os pais e familiares juntarem tampinhas e lacres. Nas palestras, sempre levamos um animal, e as crianças entendem que sua ajuda pode salvar vidas”, explica a presidente.
Apesar dos avanços, o projeto ainda enfrenta desafios. Um dos maiores é a falta de adesão de parte da população à separação correta do material reciclável. Além disso, o projeto carece de mais parcerias, especialmente clínicas veterinárias que possam oferecer consultas e tratamentos além da castração. “A castração é a única solução para evitar mais animais em situação de rua, mas ainda há muitos tutores negligentes”, lamenta Maya. Até agora, o projeto conseguiu castrar 23 animais com os recursos obtidos pela venda de recicláveis.
O impacto do EcoAnimais não se limita apenas ao bem-estar dos animais, mas também ao meio ambiente. Com o engajamento de mais pessoas e empresas, Maia espera ampliar o alcance do projeto e oferecer mais apoio às famílias carentes que não podem arcar com os custos veterinários. “O que mais buscamos é incentivo empresarial e comercial para agregar à venda de materiais coletados, mais doações financeiras ou suporte clínico e veterinário”, completa.
A presidente também reforça que o projeto está sempre de portas abertas para novos voluntários e parcerias. “Toda ajuda é sempre bem-vinda, seja acompanhando em palestras, auxiliando com os animais, ou oferecendo novos pontos de coleta. As pessoas interessadas podem nos contatar pelas redes sociais”, convida.