Atualmente, a atleta está em Troyes, na França, onde se prepara antes de entrar na Vila Paralímpica no dia 27 de agosto. Ela se mostra encantada com a recepção da cidade e a adaptação exemplar das instalações para pessoas com deficiência. “Tem sido incrível, povo muito acolhedor. Os habitantes da cidade têm vindo acompanhar nossos treinos, torcem por nós, é como se fosse um aquecimento para o que está por vir”, conta.

Sobre suas expectativas, Giacomelli é clara: “Minha expectativa é aproveitar essa oportunidade ao máximo, viver tudo o que for possível dentro e fora da competição. A meta que estabelecemos é voltar com as melhores marcas do Brasil nas provas de velocidade.”

Consciente da importância do momento, a atleta destaca a necessidade de equilibrar treino e descanso: “Estamos trabalhando com muito cuidado agora, é um momento muito importante. Onde treinar e descansar precisam ser apenas um, em equilíbrio. Vamos conhecer a pista oficial dia 29, onde faremos um teste junto com a arbitragem dos jogos.”
Apesar da magnitude do evento, a paratleta mantém a tranquilidade: “Por enquanto não estou ansiosa e nem me sinto pressionada, creio que fizemos um ótimo trabalho até aqui e que agora é colher os frutos, sejam eles bons ou ruins.”

Giacomelli vê sua participação nas Paralimpíadas como a “melhor recompensa do mundo” após anos de trabalho árduo. “Para a minha carreira como atleta, é um feito muito grande, não é todo mundo que consegue estar no maior evento do mundo, entre as melhores atletas. Isso foi resultado de trabalho atrás de trabalho.”
Entre os momentos mais marcantes de sua jornada, a paratleta relembra o início de sua carreira, quando, sem o equipamento ideal, recebeu uma cadeira emprestada de Aline, uma colega atleta. “E hoje estou indo para uma Paralimpíada ao lado dela, isso tem sido mágico para mim.”

A atleta acredita na importância de criar e aproveitar oportunidades, especialmente no esporte de alto rendimento para pessoas com deficiência no Brasil. Ela planeja continuar sua carreira esportiva, com a possível troca de equipamento e já começa a planejar os próximos quatro anos rumo a Los Angeles.
Além de seus treinadores atuais, Oriane e Amaury, a paratleta menciona sua primeira treinadora, Nice, e sua família como grandes inspirações. Ela também aproveitou para agradecer a todos que apoiaram sua jornada, desde as doações para a compra de seu material esportivo em 2017 até as mensagens de carinho que recebe atualmente. “Espero representar todos vocês da melhor forma possível.”

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“Eu recebi a notícia quando estava na seletiva dos escolares, antes da minha última prova. Fiquei muito curiosa porque a minha treinadora não tinha contado tudo”, revela a paratleta. Desde o início de sua jornada no esporte, em 2016, aos 8 anos, sua trajetória tem sido marcada por superação.

O caminho de Rosa no paratletismo começou de forma inesperada. “Eu fazia fisioterapia desde bebê e uma das minhas fisioterapeutas notou que eu tinha um físico adequado para ser atleta, devido à minha altura. Ela apresentou minha técnica para minha mãe, e foi assim que entrei no mundo do esporte. Desde então, só evoluí”, conta.

A paratleta também compartilha sobre os desafios que enfrentou ao longo do caminho, incluindo o bullying. “Enfrentei o bullying, mas não culpo ninguém. Na época, éramos pequenos e era uma novidade para todos. Minha mãe passou por muitas dificuldades para me apoiar, e minha técnica também enfrentou desafios comigo. O apoio delas foi fundamental.”

A convocação para a seleção brasileira sub-18 é vista por Rosa como um grande avanço em sua carreira. “Para mim, a seleção brasileira sub-18 é um grande alcance dos meus objetivos. Trabalhei muito para estar lá, sofri muito, e essa convocação foi muito importante. Receber a notícia foi como uma bomba de sentimentos.”

Isadora se prepara agora para um treinamento mais rigoroso e específico para suas provas. “O treinamento vai mudar, será mais rígido e com áreas específicas para as minhas provas. Vamos focar em resistência, força e velocidade.”

A jovem paratleta também se inspira na paratleta Fernanda Yara, que participa das Paraolimpíadas em Paris. “Me inspiro bastante na Fernanda Yara, que é da minha classe e tem uma carreira impressionante.”

Com várias conquistas já em seu currículo, Rosa continua a buscar a excelência. “Cada competição traz uma melhora, e a convocação foi uma das minhas maiores conquistas. Minha meta futura é a Paralimpíada de 2028 em Los Angeles.”

A paratleta agradece a todos que contribuíram para sua jornada. “Minha família me ajudou muito, e sou grata a todos que fizeram parte disso. Quero agradecer também à minha técnica por todo o apoio e pelos treinos que me fizeram chegar onde estou.”

Suas expectativas são altas. “Estou esperando firmemente pegar pódio e conseguir mais visibilidade. Espero alcançar todas as metas que planejei e, se Deus quiser, o lugar mais alto do pódio.”

Isadora deixa um conselho para aqueles que enfrentam desafios semelhantes: “Não desistam. Eu sei que é difícil, mas persista sempre. Tudo será recompensado.”

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